III. Gram-negativos - resistência aos antimicrobianos
2. Quinolonas
A resistência às quinolonas está associada a alguns mecanismos de resistência, como:
- Alteração de permeabilidade e hiperexpressão de bombas de efluxo;
- Alterações do sítio de ação (topoisomerases);
- Resistência mediada por plasmídeos;
- Alteração enzimática da molécula do antimicrobiano.
A alteração de permeabilidade e efluxo são comuns a outras classes antimicrobianas e serão discutidos em tópicos subseqüentes.
Mutações das Topoisomerases Bacterianas
As quinolonas inibem a ação da DNA girase e topoisomerase IV, impedindo a replicação do DNA bacteriano. A resistência a estes antimicrobianos é adquirida por mutações espontâneas em genes cromossômicos, levando a alterações no sítio de ação (topoisomerases). |
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Esta resistência ocorre gradualmente e de maneira acumulativa, ou seja, mutações simples no sítio principal de ação da droga são associadas a moderados graus de resistência, enquanto mutações adicionais no sítio primário e/ou secundário levam a alto grau de resistência. Em E. coli e P. aeruginosa, a maioria das mutações ocorre em uma pequena porção do principal alvo de ação das quinolonas, o gene gyrA. Essa parte do gene é denominada região determinante de resistência às quinolonas (Quinolone Resistance Determinant Region –QRDR). |